terça-feira, novembro 29

Chama-me pelo nome...

Chamo-me Patrícia Si-oh-ene-si-i-ai-si-ei-oh. O Patrícia não é problema por aí além, embora uma pessoa tenha optado por me chamar Trisha, outra Trish, uma insista em me chamar Patrice e um que tem a mania que fala espanhol me chame Patritzia. De resto com mais ou menos sotaque Patrícia é o que me chamam. Já o sobrenome, desisti de o dizer normalmente e optei pelo Si-oh-ene-si-i-ai-si-ei-oh. Geralmente quando mo perguntam é porque o querem escrever, e na melhor das hipóteses resulta em Conceicao (o que já é suficientemente mau), mas com tanta letra, geralmente uma ou duas saiem erradas e tenho tido nomes muito estranhos desde que aqui cheguei. No dia da reunião, dei-me ao trabalho de fazer uma cedilha e um til à mão para ter o meu nome escrito correctamente na minha etiqueta. Raios, afinal de contas é o único que tenho!

Nota: OMG! Sou mesmo despassarada. Quando escrevi este post o título que usei andava a brincar na minha cabeça, não sei vindo de onde, e como achei que até ficava bem, decidi usá-lo. Hoje, enquanto fazia a ronda pelos blogs do costume, descobri porquê! É o título de outro post (que não tem nada a ver), num blog longínquo. Fica aqui a nota.

domingo, novembro 27

Vai um nesquik de pastilha elástica??


Depois de tanto tempo aqui, ainda me fascina andar pelo supermercado e descobrir tanta coisa estranha nas prateleiras. É engraçado como existe tanta coisa que nunca ouvi falar e que não faço ideia para que serve. Como o “cofee whitener”, que nem perguntando me sabem explicar... a única explicação “plausível” que me deram foi que as pessoas que não podem beber leite e ainda assim querem beber algo com ar de galão usam “cofee whitener”. Hmmm...não me faz muito sentido.
Faz-me rir o facto de não venderem cerveja nos supermercados, mas venderem kits para a fazermos em casa. Fico completamente embasbacada com a quantidade e variedade de molhos que aqui se compram e consomem. Pergunto-me se alguma vez vão perceber que a carne se pode comer sem molho.
Gosto do facto do leite se vender em garrafões de 2 ou 3 litros, e ainda saber a leite. E de a carne de vaca ser tão estupidamente barata e a maior parte das vezes tão saborosa.
Irrita-me ainda não conseguir escolher peixe porque em filetes todos os peixes são iguais. E o facto de o fiambre depois de cortado ser propositadamente amarfanhado, de tal modo que quando tentamos fazer uma “sandes” temos de andar a tentar reconstruir as fatias.
Fascina-me a variedade de chocolates e seus derivados (muitos dos quais nunca experimentei...é que são mesmo muitos!), que existe neste país de “chocaholics” . E haver nesquik de banana, morango, pastilha elástica, baunilha, caramelo e honeycomb.
E finalmente, atordoa-me a impressionante variedade de sabores que se podem inventar para estragar batatas fritas e coca-cola.

sábado, novembro 26

Do you want a brochure there??

Sempre que passamos em frente à loja dos cruzeiros no rio a mesma menina e a mesma pergunta.
E sempre a mesma resposta do Cazé acompanhada de um sorriso gozão...”pode ser!”

Não é só a língua portuguesa que é traiçoeira....a mistura com a inglesa também o pode bem ser;)

sexta-feira, novembro 18

Está bem que a Austrália ganhou ao Uruguai e vai ao mundial, mas escusavam de repetir o jogo TODAS AS NOITES....ouviram?!?!?!?!?!?

quinta-feira, novembro 17

A lenda do papagaio e do morcego-raposa-voadora

No tempo antes do tempo, o papagaio e o morcego-raposa-voadora eram os melhores amigos da floresta. Não faziam nada um sem o outro e toda a floresta se havia habituado a vê-los juntos.
Um dia chegou uma mensagem do rei, a convidar todos os animais da floresta para uma grande festa. Os dois amigos começaram logo a pensar como se poderiam embelezar. Lembraram-se de se pintar um ao outro, e saíram pela floresta à procura das melhores cores. Juntaram as mais bonitas cores das frutas tropicais, das flores, do mar, da floresta, e quando acharam que tinham uma palete completa meteram mãos à obra. O primeiro a ser pintado foi o papagaio. O morcego escolheu as cores mais vivas, e levou muito tempo a pintar o seu amigo. Quando terminou disse:
-Agora voa até à lagoa e vai ver como te pintei.
O papagaio assim fez. Voou e admirou o seu reflexo na lagoa. Uau, pensou, que bonito fiquei, o morcego fez um óptimo trabalho, vou voltar depressa para o pintar também. A festa está quase a começar!
Quando chegou ao pé do morcego o papagaio reparou que todas a cores vivas tinham sido usadas em si. Sobravam os castanhos das árvores da floresta e o preto da lama do fundo da lagoa. Como já não havia tempo para ir buscar outras cores, o papagaio usou estas cores no seu amigo. No fim, triste e sem coragem de dizer ao morcego o que se passava disse também:
-Agora voa até à lagoa e vai ver como te pintei.
O morcego foi até à lagoa, e durante algum tempo olhou o seu reflexo. Depois triste, continuou a voar para longe.
Eventualmente o papagaio farto de esperar foi para a festa onde fez grande sucesso.
A partir desse dia, o colorido papagaio é um animal barulhento e espalhafatoso, enquanto o tímido morcego-raposa-voadora se esconde durante o dia e só aparece quando a falta de luz não deixa vislumbrar as suas tristes cores.

Esta lenda foi-nos contada em Vanuatu, onde a melhor maneira de entreter os pikinini continuam a ser as histórias contadas pelos anciões das aldeias.

32 anos depois....


...a Austrália volta a classificar-se para o mundial de futebol!
Os socceroos (sim...socceroos é o nome da equipa!) estão doidos!
A ver vamos!

segunda-feira, novembro 14

Churrasco gaúcho!!



Ontem foi dia de churrasco gaúcho. Com a chegada da primavera, começamos pouco a pouco a pôr a cabeça fora das tocas e a encontrarmo-nos novamente. O churrasco foi como de costume, muito descontraído e alegre, uma excelente maneira de passar uma bela tarde de domingo.Até agora éramos os únicos portugas no meio de uns quantos brasucas, que nos atazanam a cabeça até à exaustão! Ontem conhecemos mais uma portuguesa, a Paula. Chegou há seis meses e veio para cá morar porque o marido é de cá. Por sorte está a trabalhar na creche onde anda o André, um dos putos brasileiros, e aí conheceu os pais dele, que a convidaram.Foi engraçado vê-la dizer várias vezes ao marido, enquanto ele se deliciava com a carne:
-Vês, vês, isto é que é um barbeque....não são salsichas e hamburguers grelhados numa chapa a gaz. Vês...

sábado, novembro 12


Se calhar vou ter mesmo de chamar estes srs cá a casa.... é que não há condições para continuar a aturar as parvoíces do Cazé! O homem tá possuído;))

quinta-feira, novembro 10


Yasur

Yasur


Bem, agora o Yasur! Não há palavras para descrever o vulcão!!! Foi lindo, assustador, magnífico, tudo ao mesmo tempo. As fotos ficaram mais ou menos (não tínhamos tripé), temos uns filmes bem engraçados, mas estar lá, valeu bem pela viagem toda!
Estavam lá mais umas 10 pessoas. Nós provavelmente éramos os mais “excitados” por ali estar, mas ao mesmo tempo éramos provavelmente os que mais consciência tinham que um dia destes uma daquelas visitas pode dar para o torto...e bem!
Já morreram uns quantos ao longo dos anos, que levaram com bombas vulcânicas na cabeça, mas se um dia a cratera abre uma saída lateral, ou uma parte colapsa e as explosões mudam de direcção de repente, não morrem só um ou dois!Ficamos na borda da cratera, a cerca de 100-200 metros das explosões, que eram lindaaaaaaaaaaaaaaassss!

a caminho do vulcão

Tanna


Em Tanna, não há estradas alcatroadas, só mesmo a pista de aviação. O resort onde ficamos tinha cabanas individuais, feitas segundo os moldes locais, com telhados de colmo, e paredes de madeira. A electricidade é fornecida por gerador, mas entre as 9.30 da noite e as 6.30 da manhã, só estava disponível nas cabanas. A caminho do vulcão visitamos aldeias, plantações de café (é famosíssimo o café de Tanna, e bom também), vimos cavalos selvagens, o vulcão, e acabamos no hotel a comer uma lagosta enorme pelo preço astronómico de 26€. Atenção, a comida não era barata, nada mesmo, mas lagosta foi o nosso jantar mais barato!!! Tanna tem ainda enormes bancos de corais junto à costa, considerados dos mais bonitos do mundo, e nós bem os curtimos!!!

eu armada em ni-vanuatu (como os vanuatus se chamam a si mesmo)

totems no mercado

flores no mercado

Fruta


A fruta em Vanuatu abunda e é deliciosa! Belos pequenos almoços que nós tomamos. Côco, ananás, papaia, bananas, grapefruit(?),limões com polpa cor de laranja....tudo simplesmente delicioso! Fomos ao mercado em Port Vila e até dava gosto ver. No dia que andamos de praia em praia no kayak, andamos à chinchada e comemos uma papaia deliciosa na praia que nos soube a........papaia diria eu!

lagoa Erakor

pôr do sol em Éfaté

Éfaté


Passámos um dia e uma tarde de praia em praia a fazer snorkling e a kaiakar entre praias. O hotel onde ficámos em Port Vila tinha equipamento de snorkling e kayaks para os hóspedes usarem à vontade e adivinhem.....éramos os únicos a fazê-lo. Porque é que as pessoas vão para Vanuatu, se é para ficarem enfiadas no hotel e passarem os dias à volta da piscina a beber cerveja australiana??? Não que eu tenha alguma coisa a ver com isso, mas faz-me alguma confusão.
Nas nossas voltas foi lindo ver e ouvir os pikinini a brincar nas praias ou dentro de água, sempre a gargalhar e a meterem-se connosco.

Durante a dança do acender dos archotes

Bislama


Em Vanuatu fala-se francês, inglês e bislama. O bislama nasceu pelo século XIX, quando europeus aportavam em Vanuatu para ir buscar sândalo e pepinos do mar que eram depois levados para trocas na china. O que se conta é que o nome da língua vem do português bicho do mar (os pepinos), que foi depois adoptado pelos franceses e transformado em “beche de mer” e algures no tempo se transformou em bislama. O bislama é maioritariamente inglês (escrito foneticamente (?), não sei se é isto ou não...os linguistas que me digam!), com algum francês e algumas das múltiplas línguas que se falavam nas muitas ilhas.
tank yu tumas é muito obrigada;
plis é por favor;
skiusmi é desculpe;
gud morning é bom dia;

e a minha preferida, pikinini é crianças!

a minha amiga do aeroporto

Vanuatu


A melanésia é a “nésia” mais perto da Austrália, entre a micronésia e a polinésia, e foi lá que nós andamos.
Vanuatu é terra de gente simpática e bonita, de riso fácil e espírito descontraído. Muito como a ideia que eu tinha afinal das gentes das ilhas do pacífico. A pobreza é evidente. Não a pobreza que vem carregada de fome, mas a pobreza porque as condições são básicas e as pessoas têm muito pouco. A fome não aparece, porque o mar é bom provedor e a fruta (ai a fruta...) não falta em lado nenhum.
Chegamos ao aeroporto e temos à nossa espera música de boas vindas (a música soa a havaiana, mais uma vez, as poucas referências que temos de terras do pacífico), bem como uma brisa quente e uma atmosfera que eu esperava muito mais húmida!
O mar tem uma cor inacreditável e uma temperatura ainda melhor. Bancos de corais inacreditáveis, peixes de todas as cores, simplesmente magnífico. Estivemos em duas ilhas, Éfaté, onde é a capital Port Vila, e Tanna onde fomos de propósito para poder cuscar o vulcão.

quarta-feira, novembro 9


Hoje foi dia de reunião. A reunião para a qual os prazos de entrega dos relatórios acabavam a semana passada. Uma daquelas reuniões de dia inteiro, chatas como o caraças e em que a gente tem de ir mais ou menos arranjadas. Vai daí lá vou eu buscar os únicos sapatos que não são ténis ou botas e a única camisa pipi que cá tenho e que estava no fundo da gaveta desde o príncipio do ano. Vesti a camisa e ela estava “ligeiramente” amarrotada. Tanto que eu gozei quando um natal me ofereceram um ferro de engomar portátil porque eu vinha para a Tasmania...e o que eu hoje não tinha dado para o ter cá. Porque claro que se eu precisar mesmo de engomar alguma coisa posso sempre ir a uma lavandaria, mas não quando preciso dela para daí a dez minutos!!!
Entretanto Vanuatu está para breve, prometo. Hoje estou um bocado pró estafada, mas se der ainda escrevo qualquer coisinha.....mas fiquem desde já sabendo que foi tudo e ainda mais do que estávamos à espera!

terça-feira, novembro 8


Darling Harbour

Sydney Tower

Victoria Gallerie

Harbour Bridge

Opera House

The Rocks

CBD

North Sydney

Sydney

Depois de quase um ano a viver nesta Vila que é Hobart, foi bom voltar a visitar uma cidade digna desse nome! Já lá tínhamos ido o ano passado, mas Sydney é tão bonito que dá sempre vontade de lá voltar. Um banho de gente e de vida citadina que nos soube mesmo bem! Além de que em Sydney todos, mas TODOS os cafés têm pastéis de nata. Se o raio do pastel conseguiu atravessar meio mundo para chegar a Sydney, porque raio não atravessa o estreito e vem até aqui?? O nome varia entre portuguese tarts, custard tarts, portuguese custards e outras variações destas 3 palavras de que possam lembrar-se.

E mais uma vez, o edifício da ópera foi irresistível. Assim sendo, a juntar aos 3245 slides que temos do ano passado, agora temos mais 2345 fotos digitais da ópera ... é impossível olhar para o raio do edifício e não querer tirar-lhe uma fotografia!
Tivemos de ir ao consulado português porque eu tenho de renovar o passaporte, e definitivamente nós não nos damos bem com consulados e embaixadas. Depois de nos dizerem por telefone que podíamos ir lá tratar de todo o processo e eu quando voltasse só teria de enviar para lá o passaporte antigo, não nos queriam deixar tratar de nada. Depois, a sra que nos atendeu deve achar que a Tasmania tem p’raí 3 ou 4 casas e mais nada, porque nos perguntou se isto aqui tinha código postal ou como era a morada?!?!?!
Se esta mora na Austrália e pensa isto, como é que o outro não haveria de pensar que eu cada vez que tivesse de comprar arroz teria de ir de barco à Austrália continental para o fazer... Finalmente depois de grande conversa com a chanceler (personagem misteriosa de quem nós ouvíamos a voz, mas não tivemos o prazer de ver a cara!) lá se resolveu a deixar-nos tratar das coisas!

terça-feira, novembro 1

BRB

As duas ultimas semanas foram uma correria. Prazos de projectos a acabar para dois dos meus patrões (actualmente estou a trabalhar para 3 pessoas diferentes...isto de ter 3 patrões é complicado!), e à boa maneira portug.......ops, agora até me baralhei, à boa maneira australiana a lembrarem-se uma semana antes do prazo que afinal também querem fazer isto e aquilo... tudo coisas que deviam ter sido começadas há pelo menos mês e meio de modo a estarem feitas a tempo. Nós a querermos despachar uma série de coisas antes do fim de Outubro... Mas eis que chega finalmente dia 2 de Novembro!
Nós vamos ali curtir 5 merecidos dias de férias...1 em Sydney e 4 em Vanuatu!!!!!
Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Voltamos segunda feira com notícias frescas e espero eu...cansados mas relaxados e prontos para começar outra vez! Até já!