sábado, dezembro 31

Doze passas, um desejo.

Há momentos que não deviam existir. Momentos que nos escurecem a alma e fazem parecer que a vida é menos vida do que devia ser. Quando estes momentos ocorrem em épocas de balanço, e o tempo não tem tempo para amenizar o estrago, o balanço desiquilibra-se e sai sempre defraudado.
2005 foi uma merda.
Doze passas, um desejo. Que 2006 seja melhor.

sábado, dezembro 24

Este é o único fish & chips

...que devia ser permitido por lei. Bacalhau com natas.



Enquanto vocês ainda abrem os olhos devagarinho, estremunhados nesta manhã de 24 de Dezembro, nós vamos ali cear e comemorar o nosso natal.
A todos vós, desejo-vos que passem uns óptimos dias e que acima de tudo sejam felizes. Beijinhos!

sexta-feira, dezembro 23

Nova tradição de natal....

ou então não, ou então não!!!
Para nós o Natal na Tasmania vai ficar para sempre associado à baba de camelo. Não há Natal sem baba, embora o contrário já seja bem possível.
Eu explico. No primeiro Natal que aqui passamos fomos fazer a consoada a casa de uns brasileiros. Estavam lá quase todos os brasileiros que moram aqui em Hobart. Calhou-nos levar sobremesa. O que é que levamos, o que é que não levamos, e tal e coiso. Decidimos levar gelado (sim, aqui é verão, lembram-se??? vocês talvez se lembrem, mas a nós, a ver pela chuva lá fora e a temperatura actual poderia passar-nos completamente ao lado!), e baba de camelo.
O jantar correu alegre e calmo, trocamos prendas, tiramos fotos e finalmente fomos às sobremesas. Quando nos perguntaram o que era aquilo amarelo e espesso que estava na taça, nós respondemos muito naturalmente que era baba de camelo. As caras de repulsa foram–se multiplicando enquanto a palavra corria. Traduções para inglês para os que não falavam português resultaram em camel’s drool. Isto originou ainda mais caras de repulsa, lá está! Não sei se houve ou não algum vómito escondido, mas é bem possível. A nós parecia-nos que íamos levar a baba de camelo inteirinha para casa (ó que pena!!). Finalmente um corajoso tirou um bocado. Este acto não ajudou muito, porque a baba de camelo espessa e elástica a ser posta num prato renovou a repulsa. Depois claro está, um provou, começou a falar, provou outro e outro e outro e rapidamente lá foi a baba de camelo toda. A partir daí a baba de camelo tornou-se lendária e não há festa (de natal ou não!) em que não peçam baba de camelo. Já se tornou piada. A semana passada quando a Denise nos telefonou a convidar para a consoada, a primeira coisa que disse foi:
-Logicamente a gente só está convidado vocês por causa da baba de camelo. Vai trazer, não vai??

quarta-feira, dezembro 21

LINDO!!!


Aqui está uma daquelas coisas que nunca me passaria pela cabeça fazer em Portugal...e aqui, não só passou como já está feita. Mas também, verdade seja dita que aqui me passam muitas coisas esquisitas pela cabeça.
Apeteceu-me porque me apeteceu fazer bolo rei, e claro o coitado do Cazé levou por tabela porque eu não tenho jeito nenhum para massas, e ele é que a amassou. Mas aqui está o resultado, não só com bom aspecto, mas também bem bom.
Amanhã já tenho bolo para levar para o café da manhã no laboratório. Aqui, ainda se usa muito no natal oferecer ou partilhar bolos e bolinhos feitos em casa. E eu acho piada e amanhã... bolo rei!

Trrim, trrim*

Se for para mim, hoje não estou!!

*os toques polifónicos ainda não chegaram cá a casa.

sábado, dezembro 17

Vou ter saudades deles!


Apresento-vos a equipa da Glass House. Meia hora semanal de humor corrosivo, politicamente incorrecto, com muita palhaçada pelo meio, que até há bem pouco tempo fazia a nossa delícia. Agora acabou, porque já começou a época de verão na TV :(
Uma espécie de Homem que Mordeu o Cão meets Noite da Má Língua.
O programa junta Will Anderson, cómico e até há pouco tempo animador do programa da manhã da TripleJ, uma das rádios nacionais de maior audiência, Corinne Grant, actriz e cómica de stand up, e o palhaço de serviço Dave Hughes, cómico de stand up e também parte da equipa do programa da manhã de outra rádio. A eles juntam-se 2 convidados que podem ser desportistas, actores, jornalistas, cómicos etc, etc
A partir daí e de algumas notícias bizarras e/ou citações políticas (geralmente) fora de contexto, nasce meia hora de conversa que tem não raramente momentos geniais.
Têm vítimas de eleição, onde mal ou bem vão sempre bater... a Paris Hilton, o pm australiano John Howard, o Russel Crow, o Bush, o Michael Jackson, Shane Warne, jogador de cricket (e especialista em sms's para sras que não a sua mulher), a ministra da imigração australiana Amanda Vanstone...etc...etc

Uma coisa que gosto muito no humor destes tipos aqui, é o facto de terem muito poucas papas na língua e o humor ser (principalmente em questões políticas) curto e grosso. Há que chamar as coisas pelos nomes e a brincar a brincar...

sexta-feira, dezembro 9

Merry Christmas


Hoje foi dia de barbeque de natal do Departamento. Vai daí, aqui fica a foto para puderem comparar e ver que eu não minto quando falo dos bbq australianos. Diga-se em abono da verdade que embora a maior parte fosse mesmo salsichas, também houve algumas kebabs (espetadas de carne encharcadas em molho de composição indecifrável), e até alguns bifitos. Tenho também que dizer que há um pormenor dos bbq australianos que vamos adoptar em Portugal. Temos de arranjar uma chapa pequena para cobrir parte do nosso grelhador e começar a fazer também vegetais. Eles grelham cogumelos, tomate, beringela etc no bbq e fica bem bom. Temperadinho então com azeitinho e vinagre deve ficar ainda melhor!
E hoje para comer com as salsichas lá estava o ketchup e molho barbeque para acompanhar, assim como o belo do panrico. Ora o que acontece é que quando se põe carne grelhada numa fatia de panrico, este fica molhado com o molho da carne, e transforma-se naquela famosa e maravilhosa pasta que se cola ao céu da boca e aos dentes e não se arranca senão com martelo e escopro. Como não dava para me pôr ali a bochechar com coca-cola;) ...tive de me aguentar à bronca, ficar com um tecto falso no céu da boca e esperar pacientemente que a pasta lá desaparecesse!

terça-feira, dezembro 6

Afinal há coincidências...


...são é como o próprio nome indica, apenas....... coincidências.

Esta ilha minúscula que está na foto fica 26 Km ao largo do sul da Tasmania e chama-se Pedra Branca Island. Assim, em português, tal qual escrevi aqui: Pedra Branca Island.

A casa onde sempre morei e ainda moro em Portugal chama-se Pedra Branca...

sábado, dezembro 3

1 ano

No dia 1 de Dezembro fez um ano que aqui chegamos, da última vez. Antes disso tínhamos cá estado os últimos 4 meses de 2002 e 6 meses entre 2003 e 2004. Ontem enquanto pensava que este último ano tinha passado tão devagar e ao mesmo tempo tão depressa pensava no que foi para nós esta decisão.

Desde o principio, entre amigos, conhecidos e outros que não sendo uma coisa e mal sendo a outra, tinham que meter o bedelho e deixar expressa a sua opinião, duas opiniões extremas e muito diferentes foram defendidas.
A versão maravilha: Os que diziam que ia ser uma grande aventura, que ia ser tudo bom, que éramos uns sortudos e isto era o melhor que nos podia acontecer na vida. Iam ser umas férias prolongadas!!!
A versão mártires: Os que pondo uma cara pesarosa afirmavam vezes sem conta que fazíamos bem, às vezes é preciso fazer sacrifícios na vida, ia custar muito, mas no fim voltávamos numa situação melhor (!?), e mal por mal tinhamo-nos um ao outro para nos consolarmos.
Claro que como tudo na vida, a nossa vinda não foi uma coisa nem a outra, mas uma situação intermédia com apontamentos de uma e de outra versões extremas. Claro que houve alturas em que as saudades e a vontade de ver certas pessoas era tanta que até apetecia dar cabeçadas na parede, mas a verdade também é que eu não trocava o que aprendi, vi e passei nestes últimos anos por nada.

Descobri que não tenho espírito de imigrante. Estou demasiado próxima dos meus amigos e família em Portugal para pensar em me mudar para outro país a termo incerto.
Descobri que gosto de ser portuguesa e do que isso acarreta em termos culturais.

Descobri que Portugal é efectivamente uma merda em muitas coisas, mas também descobri que há muito defeitosinho e maneira de fazer as coisas que eu atribuía imediatamente ao facto de estarmos em Portugal e que afinal também acontecem e são feitas noutros sítios.
Descobri que não ter terceiros com quem desanuviar a cabeça quando algo não corre bem, que viver efectivamente a dois, sem mais ninguém a quem recorrer para opiniões, decisões etc pode ser um grande teste numa relação, mas também descobri que essa ausência de outros pode ser muito saborosa e enriquecedora.
E descobri e aprendi muitas outras coisas que suponho me fazem uma pessoa mais rica interiormente (sim, porque a situação melhor em que vamos voltar continuo a pensar qual será!?!), e me vão fazer ser uma pessoa diferente nem que seja porque vi(vi) outras experiências.

sexta-feira, dezembro 2

Está na hora do jantar!

À bocado liguei para um restaurante onde queriamos ir jantar, para reservar mesa. É um restaurante indiano pequeno onde queremos ir, mas sem reservar é practicamente impossível conseguir mesa numa sexta à noite.
Liguei e disse que queria fazer uma reserva para o jantar. A sra respondeu que estavam cheios e que só tinha vagas para muito cedo ou muito tarde. Eu, porque já sei do que a casa gasta, perguntei o que seria o "muito tarde" ao que ela, depois de remexer uns papéis, respondeu......8.30! (exactamente a hora para a qual eu queria marcar, uma vez que aqui, só os dois, até costumamos jantar cedo!). Eu respondi: -Great! e ela disse: -yeah... it's too late.
Lá expliquei que não, que era óptimo às 8.30, por isso daqui a nada vamos jantar.....tarde, tarde! Nem sei o que seriam as vagas para muito cedo...

quinta-feira, dezembro 1

Modas!



Esta mania RIDÍCULA de usar as golas dos pólos para cima "à la Cantona" não está de volta aí, pois não????
São só mesmo estes gajos aqui que ainda não sairam dos anos 90, não são???

terça-feira, novembro 29

Chama-me pelo nome...

Chamo-me Patrícia Si-oh-ene-si-i-ai-si-ei-oh. O Patrícia não é problema por aí além, embora uma pessoa tenha optado por me chamar Trisha, outra Trish, uma insista em me chamar Patrice e um que tem a mania que fala espanhol me chame Patritzia. De resto com mais ou menos sotaque Patrícia é o que me chamam. Já o sobrenome, desisti de o dizer normalmente e optei pelo Si-oh-ene-si-i-ai-si-ei-oh. Geralmente quando mo perguntam é porque o querem escrever, e na melhor das hipóteses resulta em Conceicao (o que já é suficientemente mau), mas com tanta letra, geralmente uma ou duas saiem erradas e tenho tido nomes muito estranhos desde que aqui cheguei. No dia da reunião, dei-me ao trabalho de fazer uma cedilha e um til à mão para ter o meu nome escrito correctamente na minha etiqueta. Raios, afinal de contas é o único que tenho!

Nota: OMG! Sou mesmo despassarada. Quando escrevi este post o título que usei andava a brincar na minha cabeça, não sei vindo de onde, e como achei que até ficava bem, decidi usá-lo. Hoje, enquanto fazia a ronda pelos blogs do costume, descobri porquê! É o título de outro post (que não tem nada a ver), num blog longínquo. Fica aqui a nota.

domingo, novembro 27

Vai um nesquik de pastilha elástica??


Depois de tanto tempo aqui, ainda me fascina andar pelo supermercado e descobrir tanta coisa estranha nas prateleiras. É engraçado como existe tanta coisa que nunca ouvi falar e que não faço ideia para que serve. Como o “cofee whitener”, que nem perguntando me sabem explicar... a única explicação “plausível” que me deram foi que as pessoas que não podem beber leite e ainda assim querem beber algo com ar de galão usam “cofee whitener”. Hmmm...não me faz muito sentido.
Faz-me rir o facto de não venderem cerveja nos supermercados, mas venderem kits para a fazermos em casa. Fico completamente embasbacada com a quantidade e variedade de molhos que aqui se compram e consomem. Pergunto-me se alguma vez vão perceber que a carne se pode comer sem molho.
Gosto do facto do leite se vender em garrafões de 2 ou 3 litros, e ainda saber a leite. E de a carne de vaca ser tão estupidamente barata e a maior parte das vezes tão saborosa.
Irrita-me ainda não conseguir escolher peixe porque em filetes todos os peixes são iguais. E o facto de o fiambre depois de cortado ser propositadamente amarfanhado, de tal modo que quando tentamos fazer uma “sandes” temos de andar a tentar reconstruir as fatias.
Fascina-me a variedade de chocolates e seus derivados (muitos dos quais nunca experimentei...é que são mesmo muitos!), que existe neste país de “chocaholics” . E haver nesquik de banana, morango, pastilha elástica, baunilha, caramelo e honeycomb.
E finalmente, atordoa-me a impressionante variedade de sabores que se podem inventar para estragar batatas fritas e coca-cola.

sábado, novembro 26

Do you want a brochure there??

Sempre que passamos em frente à loja dos cruzeiros no rio a mesma menina e a mesma pergunta.
E sempre a mesma resposta do Cazé acompanhada de um sorriso gozão...”pode ser!”

Não é só a língua portuguesa que é traiçoeira....a mistura com a inglesa também o pode bem ser;)

sexta-feira, novembro 18

Está bem que a Austrália ganhou ao Uruguai e vai ao mundial, mas escusavam de repetir o jogo TODAS AS NOITES....ouviram?!?!?!?!?!?

quinta-feira, novembro 17

A lenda do papagaio e do morcego-raposa-voadora

No tempo antes do tempo, o papagaio e o morcego-raposa-voadora eram os melhores amigos da floresta. Não faziam nada um sem o outro e toda a floresta se havia habituado a vê-los juntos.
Um dia chegou uma mensagem do rei, a convidar todos os animais da floresta para uma grande festa. Os dois amigos começaram logo a pensar como se poderiam embelezar. Lembraram-se de se pintar um ao outro, e saíram pela floresta à procura das melhores cores. Juntaram as mais bonitas cores das frutas tropicais, das flores, do mar, da floresta, e quando acharam que tinham uma palete completa meteram mãos à obra. O primeiro a ser pintado foi o papagaio. O morcego escolheu as cores mais vivas, e levou muito tempo a pintar o seu amigo. Quando terminou disse:
-Agora voa até à lagoa e vai ver como te pintei.
O papagaio assim fez. Voou e admirou o seu reflexo na lagoa. Uau, pensou, que bonito fiquei, o morcego fez um óptimo trabalho, vou voltar depressa para o pintar também. A festa está quase a começar!
Quando chegou ao pé do morcego o papagaio reparou que todas a cores vivas tinham sido usadas em si. Sobravam os castanhos das árvores da floresta e o preto da lama do fundo da lagoa. Como já não havia tempo para ir buscar outras cores, o papagaio usou estas cores no seu amigo. No fim, triste e sem coragem de dizer ao morcego o que se passava disse também:
-Agora voa até à lagoa e vai ver como te pintei.
O morcego foi até à lagoa, e durante algum tempo olhou o seu reflexo. Depois triste, continuou a voar para longe.
Eventualmente o papagaio farto de esperar foi para a festa onde fez grande sucesso.
A partir desse dia, o colorido papagaio é um animal barulhento e espalhafatoso, enquanto o tímido morcego-raposa-voadora se esconde durante o dia e só aparece quando a falta de luz não deixa vislumbrar as suas tristes cores.

Esta lenda foi-nos contada em Vanuatu, onde a melhor maneira de entreter os pikinini continuam a ser as histórias contadas pelos anciões das aldeias.

32 anos depois....


...a Austrália volta a classificar-se para o mundial de futebol!
Os socceroos (sim...socceroos é o nome da equipa!) estão doidos!
A ver vamos!

segunda-feira, novembro 14

Churrasco gaúcho!!



Ontem foi dia de churrasco gaúcho. Com a chegada da primavera, começamos pouco a pouco a pôr a cabeça fora das tocas e a encontrarmo-nos novamente. O churrasco foi como de costume, muito descontraído e alegre, uma excelente maneira de passar uma bela tarde de domingo.Até agora éramos os únicos portugas no meio de uns quantos brasucas, que nos atazanam a cabeça até à exaustão! Ontem conhecemos mais uma portuguesa, a Paula. Chegou há seis meses e veio para cá morar porque o marido é de cá. Por sorte está a trabalhar na creche onde anda o André, um dos putos brasileiros, e aí conheceu os pais dele, que a convidaram.Foi engraçado vê-la dizer várias vezes ao marido, enquanto ele se deliciava com a carne:
-Vês, vês, isto é que é um barbeque....não são salsichas e hamburguers grelhados numa chapa a gaz. Vês...

sábado, novembro 12


Se calhar vou ter mesmo de chamar estes srs cá a casa.... é que não há condições para continuar a aturar as parvoíces do Cazé! O homem tá possuído;))

quinta-feira, novembro 10


Yasur

Yasur


Bem, agora o Yasur! Não há palavras para descrever o vulcão!!! Foi lindo, assustador, magnífico, tudo ao mesmo tempo. As fotos ficaram mais ou menos (não tínhamos tripé), temos uns filmes bem engraçados, mas estar lá, valeu bem pela viagem toda!
Estavam lá mais umas 10 pessoas. Nós provavelmente éramos os mais “excitados” por ali estar, mas ao mesmo tempo éramos provavelmente os que mais consciência tinham que um dia destes uma daquelas visitas pode dar para o torto...e bem!
Já morreram uns quantos ao longo dos anos, que levaram com bombas vulcânicas na cabeça, mas se um dia a cratera abre uma saída lateral, ou uma parte colapsa e as explosões mudam de direcção de repente, não morrem só um ou dois!Ficamos na borda da cratera, a cerca de 100-200 metros das explosões, que eram lindaaaaaaaaaaaaaaassss!

a caminho do vulcão

Tanna


Em Tanna, não há estradas alcatroadas, só mesmo a pista de aviação. O resort onde ficamos tinha cabanas individuais, feitas segundo os moldes locais, com telhados de colmo, e paredes de madeira. A electricidade é fornecida por gerador, mas entre as 9.30 da noite e as 6.30 da manhã, só estava disponível nas cabanas. A caminho do vulcão visitamos aldeias, plantações de café (é famosíssimo o café de Tanna, e bom também), vimos cavalos selvagens, o vulcão, e acabamos no hotel a comer uma lagosta enorme pelo preço astronómico de 26€. Atenção, a comida não era barata, nada mesmo, mas lagosta foi o nosso jantar mais barato!!! Tanna tem ainda enormes bancos de corais junto à costa, considerados dos mais bonitos do mundo, e nós bem os curtimos!!!

eu armada em ni-vanuatu (como os vanuatus se chamam a si mesmo)

totems no mercado

flores no mercado

Fruta


A fruta em Vanuatu abunda e é deliciosa! Belos pequenos almoços que nós tomamos. Côco, ananás, papaia, bananas, grapefruit(?),limões com polpa cor de laranja....tudo simplesmente delicioso! Fomos ao mercado em Port Vila e até dava gosto ver. No dia que andamos de praia em praia no kayak, andamos à chinchada e comemos uma papaia deliciosa na praia que nos soube a........papaia diria eu!

lagoa Erakor

pôr do sol em Éfaté

Éfaté


Passámos um dia e uma tarde de praia em praia a fazer snorkling e a kaiakar entre praias. O hotel onde ficámos em Port Vila tinha equipamento de snorkling e kayaks para os hóspedes usarem à vontade e adivinhem.....éramos os únicos a fazê-lo. Porque é que as pessoas vão para Vanuatu, se é para ficarem enfiadas no hotel e passarem os dias à volta da piscina a beber cerveja australiana??? Não que eu tenha alguma coisa a ver com isso, mas faz-me alguma confusão.
Nas nossas voltas foi lindo ver e ouvir os pikinini a brincar nas praias ou dentro de água, sempre a gargalhar e a meterem-se connosco.

Durante a dança do acender dos archotes

Bislama


Em Vanuatu fala-se francês, inglês e bislama. O bislama nasceu pelo século XIX, quando europeus aportavam em Vanuatu para ir buscar sândalo e pepinos do mar que eram depois levados para trocas na china. O que se conta é que o nome da língua vem do português bicho do mar (os pepinos), que foi depois adoptado pelos franceses e transformado em “beche de mer” e algures no tempo se transformou em bislama. O bislama é maioritariamente inglês (escrito foneticamente (?), não sei se é isto ou não...os linguistas que me digam!), com algum francês e algumas das múltiplas línguas que se falavam nas muitas ilhas.
tank yu tumas é muito obrigada;
plis é por favor;
skiusmi é desculpe;
gud morning é bom dia;

e a minha preferida, pikinini é crianças!

a minha amiga do aeroporto

Vanuatu


A melanésia é a “nésia” mais perto da Austrália, entre a micronésia e a polinésia, e foi lá que nós andamos.
Vanuatu é terra de gente simpática e bonita, de riso fácil e espírito descontraído. Muito como a ideia que eu tinha afinal das gentes das ilhas do pacífico. A pobreza é evidente. Não a pobreza que vem carregada de fome, mas a pobreza porque as condições são básicas e as pessoas têm muito pouco. A fome não aparece, porque o mar é bom provedor e a fruta (ai a fruta...) não falta em lado nenhum.
Chegamos ao aeroporto e temos à nossa espera música de boas vindas (a música soa a havaiana, mais uma vez, as poucas referências que temos de terras do pacífico), bem como uma brisa quente e uma atmosfera que eu esperava muito mais húmida!
O mar tem uma cor inacreditável e uma temperatura ainda melhor. Bancos de corais inacreditáveis, peixes de todas as cores, simplesmente magnífico. Estivemos em duas ilhas, Éfaté, onde é a capital Port Vila, e Tanna onde fomos de propósito para poder cuscar o vulcão.

quarta-feira, novembro 9


Hoje foi dia de reunião. A reunião para a qual os prazos de entrega dos relatórios acabavam a semana passada. Uma daquelas reuniões de dia inteiro, chatas como o caraças e em que a gente tem de ir mais ou menos arranjadas. Vai daí lá vou eu buscar os únicos sapatos que não são ténis ou botas e a única camisa pipi que cá tenho e que estava no fundo da gaveta desde o príncipio do ano. Vesti a camisa e ela estava “ligeiramente” amarrotada. Tanto que eu gozei quando um natal me ofereceram um ferro de engomar portátil porque eu vinha para a Tasmania...e o que eu hoje não tinha dado para o ter cá. Porque claro que se eu precisar mesmo de engomar alguma coisa posso sempre ir a uma lavandaria, mas não quando preciso dela para daí a dez minutos!!!
Entretanto Vanuatu está para breve, prometo. Hoje estou um bocado pró estafada, mas se der ainda escrevo qualquer coisinha.....mas fiquem desde já sabendo que foi tudo e ainda mais do que estávamos à espera!

terça-feira, novembro 8


Darling Harbour

Sydney Tower

Victoria Gallerie

Harbour Bridge

Opera House

The Rocks

CBD

North Sydney

Sydney

Depois de quase um ano a viver nesta Vila que é Hobart, foi bom voltar a visitar uma cidade digna desse nome! Já lá tínhamos ido o ano passado, mas Sydney é tão bonito que dá sempre vontade de lá voltar. Um banho de gente e de vida citadina que nos soube mesmo bem! Além de que em Sydney todos, mas TODOS os cafés têm pastéis de nata. Se o raio do pastel conseguiu atravessar meio mundo para chegar a Sydney, porque raio não atravessa o estreito e vem até aqui?? O nome varia entre portuguese tarts, custard tarts, portuguese custards e outras variações destas 3 palavras de que possam lembrar-se.

E mais uma vez, o edifício da ópera foi irresistível. Assim sendo, a juntar aos 3245 slides que temos do ano passado, agora temos mais 2345 fotos digitais da ópera ... é impossível olhar para o raio do edifício e não querer tirar-lhe uma fotografia!
Tivemos de ir ao consulado português porque eu tenho de renovar o passaporte, e definitivamente nós não nos damos bem com consulados e embaixadas. Depois de nos dizerem por telefone que podíamos ir lá tratar de todo o processo e eu quando voltasse só teria de enviar para lá o passaporte antigo, não nos queriam deixar tratar de nada. Depois, a sra que nos atendeu deve achar que a Tasmania tem p’raí 3 ou 4 casas e mais nada, porque nos perguntou se isto aqui tinha código postal ou como era a morada?!?!?!
Se esta mora na Austrália e pensa isto, como é que o outro não haveria de pensar que eu cada vez que tivesse de comprar arroz teria de ir de barco à Austrália continental para o fazer... Finalmente depois de grande conversa com a chanceler (personagem misteriosa de quem nós ouvíamos a voz, mas não tivemos o prazer de ver a cara!) lá se resolveu a deixar-nos tratar das coisas!

terça-feira, novembro 1

BRB

As duas ultimas semanas foram uma correria. Prazos de projectos a acabar para dois dos meus patrões (actualmente estou a trabalhar para 3 pessoas diferentes...isto de ter 3 patrões é complicado!), e à boa maneira portug.......ops, agora até me baralhei, à boa maneira australiana a lembrarem-se uma semana antes do prazo que afinal também querem fazer isto e aquilo... tudo coisas que deviam ter sido começadas há pelo menos mês e meio de modo a estarem feitas a tempo. Nós a querermos despachar uma série de coisas antes do fim de Outubro... Mas eis que chega finalmente dia 2 de Novembro!
Nós vamos ali curtir 5 merecidos dias de férias...1 em Sydney e 4 em Vanuatu!!!!!
Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!

Voltamos segunda feira com notícias frescas e espero eu...cansados mas relaxados e prontos para começar outra vez! Até já!

sábado, outubro 29

Welcome to the Jurassic Park


A Tasmania é practicamente do tamanho de Portugal e tem 500mil habitantes. 20% da área da ilha é património mundial da humanidade, por se manter practicamente virgem e não ter sido alterada pelo homem. Isto equivale a 13800 Km2, mas para além desta área existem inúmeros parques naturais e zonas em que a floresta é practicamente impenetrável. Grande parte da ilha não tem acesso por estradas e a sensação de espaço é em certos sítios avassaladora. Assim sendo é compreensível que continuem sem saber se o tigre da Tasmania está realmente extinto, ou apenas escondido por aí!!!

terça-feira, outubro 25

Dia de S. Receber


Não o ordenado....mas o correio. Muito e muito obrigada C.!!! Os xutos já tocam cá em casa!!!!
Isto de ter um blog e amigos generosos é muiiiiito bom!!! Disse que tínhamos comprado o 1º cd da Mariza, a G. mandou-nos o último.... queixei-me que tinha saudades de ouvir xutos, a C. mandou-me o dvd que podem ver em anexo.. .acho que isto é de aproveitar... assim como quem não quer a coisa, o que eu gostava mesmo era de ter uma mamas mais pequenas..... alguém me envia umas???
???

domingo, outubro 23

Mas porquêêêêêêê!!!!!!

É pá, estes gajos não existem mesmo......... são uma tristeza!!! Cada vez me convenço mais que o que eles gostavam mesmo era de ainda serem ingleses.... se não como é que se explica que estejam a dar à mais de 2 horas o especial dos 50 anos do festival EUROVISÃO da canção..... enh?? Alguém me explica???

Mais daqui...


Wineglass bay, Freycinet National Park, Tasmania

Esta praia é das coisas mais bonitas que já vi....chegar a este sítio e ver esta vista é mesmo de tirar o fôlego a qualquer um....se bem que conseguir chegar a este sítio já é o bastante para tirar o fôlego a muitos. Desde o parque de estacionamento até aqui são 50 minutos sempre a subir.... e depois mais 40 minutos a descer até à praia....por isso, e só por isso, não dá muito jeito para ir lá só dar uma cacholada!

sábado, outubro 22

Portugal chegou à Tasmania!


A loiça portuguesa chegou à Tasmania, com direito a anúncio na tv e tudo. Grande descoberta!!! E agora pergunto eu, não havia nada melhor para trazerem que a bela da loiça dos repolhos (duas prateleiras de cima)?!?!?!?!?!?!?!

Nota: O resto do expositor também é português (não é só a repolhada...), os pratos e travessas dos peixes são alegres e engraçadas, e também há umas jarras que não se veêm aqui, que são bem bonitas, mas realmente os repolhos.... ainda por cima em amarelo e branco além do costumeiro verde, é que não havia necessidade!!!

Bela aguardente!!!


Será que estes gajos fazem a mínima ideia do que é que têm no meio da cidade???
O nosso medronheiro em casa que não cresce nem por nada e estes tipos com um gigante logo à mão de semear....dá deus nozes!!!!

terça-feira, outubro 18

PARABÉNS!!!!!!!


O meu irmão João faz hoje anos!
Parabéns Jonas!!!

Porque há amores que não cabem em palavras, calo-me aqui....

domingo, outubro 16

Gatos


Eu não gosto de gatos. Durante toda a minha vida, sempre gostei mais de cães que de gatos, talvez por sempre ter tido cães, mas isso agora não interessa nada. A verdade é que os gatos não me convencem. Mas antes de começarem a mandar-me pedras, e chamar nomes, e dizerem que devo ter sido rato noutra vida, e não sei mais o quê, deixem-me explicar porque é que não gosto dos bichanos.
Os gatos são criaturas independentes, inteligentes, territoriais, donos de si, muito bonitas, dados aos donos etc, etc.... E eu concordo e acrescento duas coisinhas:
-Os gatos são terroristas com acesso a armas químicas, de acção selectiva, poderosíssimas.
-Os gatos NÃO GOSTAM DE MIM.
E não gostam mesmo...todos. Basta eu entrar no seu território, e pimba.... atacam-me. E ainda por cima muitos deles vêm cheios de falinhas mansas, roçar-se nas minhas pernas como se me adorassem, e tal e coiso.... mas certo é que mais minuto menos minuto, lá vem o ataque! Eu até sou gaja de oferecer a outra face, mas com os gatos.... é com cada bofetada, que fico virada de pantanas a gemer....
O modus operandi dos gatos não varia muito! É ver-me entrar numa casa em que vivam gatos, e começa a operação. Uns minutos de paz, e o gantrax entra em acção. Começa por uma comichão no queixo... uma comichão que vem de dentro e que não passa por mais que coce. Uns minutos mais e ataca-me os olhos. Começo a chorar e a coçar os olhos de tal maneira que incham e ficam vermelhos e doridos. Esta fase pode ou não ser acompanhada por sonoros e repetidos espirros. É mais ou menos por esta altura que começo com falta de ar. Lá vou eu, fazer o ventilan, a ver se aguento pelo menos mais uns minutinhos. Geralmente se não desisto por esta altura e abandono o território do raio do gato, tenho duas opções.... uma é passar a noite à janela, a outra é ir tomar meio comprimidinho mágico*.... que me deixa a dormir por dois dias mas permite-me manter-me viva e em território inimigo por mais um bocado.
Este gantrax, parece ser a mais nova e eficiente das armas químicas, porque é selectiva e só ataca mesmo quem os gatos querem.... se a Al-Qaeda descobre a cena... o Bush está bem lixado.
Portanto... se os gatos não gostam de mim.... porque raio é que eu hei-de gostar deles????


*também conhecidos por anti-histamínicos ou comprimidos de neutralização de gantrax.

quinta-feira, outubro 13


Óóóóóóóóó que pena..... a Grécia não vai ao mundial........ óóóóóóóóóóó..... tou mesmo chateada.... óóóóóóó...............

quarta-feira, outubro 12

Aussie rules!!

Os australianos adoram diminutivos....inventam-nos a torto e a direito.
Tomem lá alguns:

Aussie para Australia
Tassie para Tasmania
Uni para University
Footie para Football
Ref para Refectory
Ref para Referee (excepto para o cricket e o footie em que os referees são umpires...e às vezes o umpire contra-ataca!!!)
Wollies para Woolwoths (o continente cá do sítio!)
Mackers para MacDonalds
Vegies para Vegetables
Barbies para Barbeques
Breaky para breakfast
Ute para Utilitary (carrinhas de caixa aberta)
Brisby para Brisbane
Kiwi para Neo Zelandês (esta não é uma abreviatura, mas pronto!)
Abo para Aborigene
Croc para Crocodile
and soión and soión……..

Vai daí de vez em quando saiem umas coisas assim esquisitas:

Let’s grab the ute and go to the uni, but we have to stop at wollies to buy some vegies and at mackers to have breaky. Yeah, mate, and then we’ll see the footie and have a barbie!!

terça-feira, outubro 11

Seca

Sabem o que é um tipo da República Checa na Austrália??
É um Czech Mate...

Chego à conclusão que estou a precisar voltar quando começo a inventar coisas destas em Inglês;)

quinta-feira, outubro 6

Comida quêê??!!?!?!?!?!

Os restaurantes aqui são caros. Com restaurantes, quero dizer , coisas como deve de ser, com direito a vinho, entradinha, sobremesa, serviço de mesa...enfim, uma refeição de restaurante como estamos habituados. Essas refeições, comparando custos de vida, são bastante mais caras do que em Portugal, porque não há barato e caro, só há caro e muito caro. Os restaurantes australianos têm, no entanto duas vantagens: servem sempre vinho a copo (bons vinhos, não só o da casa!), e na maioria deles podemos levar o nosso próprio vinho.
A opção barata, os take away, são geralmente asiáticos, indianos ou fish&chips, a maior parte da comida já está feita, embora nem todos os pratos, e come-se relativamente bem por pouco dinheiro. Mas são, como o próprio nome indica, take away, e quando têm mesas, temos sempre a impressão que estamos a comer na cantina.
Mas este post não é sobre restaurantes em si, mas sobre a comida australiana.
Os australianos passam a vida a dizer que a comida inglesa é uma bosta, que em Inglaterra se come mal, que a comida australiana é que é boa, e tal e coiso...Ora bem...comida australiana....vejamos...anh...assim de repente não me lembro de nada.

Este ano, comigo a trabalhar practicamente a tempo inteiro, decidimos que tínhamos de experimentar uns quantos restaurantes antes de nos irmos embora, e assim que me lembre já fomos a:
1 restaurantes indianos
3 restaurantes italianos
1 restaurante turco
1 restaurante thai
1 restaurante africano (a generalização não é minha, o restaurante anuncia-se como africano, mas depois de lá termos ido, achamos que se devia anunciar como norte africano)
1 restaurante espanhol
1 restaurante chinês
1 restaurante grego
e os próximos que queremos ir, 1 mexicano, 1 indiano, 1 italiano.
É verdade que já jantamos algumas vezes em pubs e que há outro restaurante na lista de espera que talvez seja de comida australiana (?), onde servem grelhados (aposto que cobertos de molhos....se bem conheço os australianos, mas depois vos contarei), mas mesmo que queiramos, não há muito onde experimentar a famosa comida australiana.Por isso, quando eles dizem que a comida australiana é boa e variada, eu penso: Variada sim.....mas australiana?????